Hospital Estadual de Mirandópolis realiza a primeira captação de órgãos da história
Foto: Cirurgiões e enfermeiros de Rio Preto com funcionários do Hospital Estadual de Mirandópolis (Divulgação)
A Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT) do Hospital Estadual de Mirandópolis coordenou em dezembro a primeira captação de órgãos da história do hospital.
O doador foi um paciente com 58 anos, que deu entrada no Hospital Estadual de Mirandópolis no dia 11 de dezembro. O protocolo para investigação de morte encefálica foi iniciado no dia 17. Familiares autorizaram a doação dos órgãos.
A equipe do Hospital de Base de Rio Preto iniciou a captação de córnea, fígado, 2 rins e 2 válvulas cardíacas. Os órgãos captados possivelmente beneficiaram seis pessoas que estavam na fila de espera de transplantes.
FILA DE ESPERA
De acordo com dados divulgados em junho de 2023 pela Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), 57.347 pacientes adultos estão na lista de espera nacional. Desse total, 18.733 são do Estado de São Paulo. O rim é o órgão com maior demanda dentre os pacientes da fila de espera. Em todo o país são 31.541 pacientes, 1.175 dos quais, da faixa etária pediátrica.
DESEJO DE DOAR
As doações de órgãos só acontecem após uma série de processos e protocolos de segurança, incluindo o diagnóstico de morte encefálica, a autorização familiar para doação, a avaliação dos órgãos de modo a afastar doenças infecciosas, além da realização de exames de compatibilidade com prováveis receptores.
Para que a doação ocorra, é preciso que o paciente tenha morte encefálica, geralmente vítimas de catástrofes cerebrais, como traumatismo craniano ou AVC (derrame cerebral), confirmada. Após a confirmação do diagnóstico, a Central Estadual de Transplantes do Espírito Santo (CET-ES) é notificada e a família consultada. É por meio da entrevistada realizada por uma equipe de profissionais de saúde que a família é informada sobre o processo e é solicitado o consentimento para a doação de órgãos.