Grampola diz que Câmara vai priorizar demandas do município e que relação com o Executivo é “a pior possível”
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O vereador Grampola Pantaleão (PP) assumiu a presidência da Câmara de Mirandópolis em 1º de janeiro, cargo que ocupará até o final do ano. Esta não é a sua primeira incursão à frente da Casa de Leis, já que durante o mandato entre 2013 e 2016, Pantaleão esteve à frente das sessões legislativas no biênio 2013/2014. Com uma experiência acumulada ao longo dos anos, o vereador compartilha sua perspectiva sobre os desafios que enfrentará durante a 18ª Legislatura, em especial em ano eleitoral.
Em uma entrevista ao jornal AGORA NA REGIÃO, Grampola abordou diversos temas e compartilhou suas expectativas para o atual período. Confira na sequência o que o vereador comentou sobre alguns temas.
EXPECTATIVAS DA PRESIDÊNCIA
“Para mim, é um prazer muito grande estar retornando à presidência desta Casa. Fui eleito vereador em 2013 e também assumi a posição de presidente. Com o passar do tempo e meu amadurecimento atual, tenho certeza de que, naquela ocasião, ocorreram algumas falhas devido à falta de preparo. No entanto, como sempre fui uma pessoa com muita fé em Deus, em nenhum momento me senti pressionado. Enfrentei o desafio e foi um grande aprendizado em minha vida política. Percebo que a presidência naquela época não foi algo tão positivo para mim. No entanto, hoje estou politicamente preparado para ocupar este cargo. A população pode esperar transparência, lealdade e justiça de minha parte. Sou avesso à injustiça. Serei um presidente que buscará atender às demandas da cidade, e tudo que for benéfico para Mirandópolis não será medido em esforços e tempo para que as pautas sejam votadas o mais rapidamente possível. Infelizmente, estamos enfrentando um momento muito difícil”.
RELAÇÃO ENTRE EXECUTIVO E LEGISLATIVO
“É a pior possível. Não existe essa relação. Não temos o respeito do Executivo, de muitos diretores. É muito triste. Sei que precisa existir esse elo entre ambas as partes, mas nós aqui não conseguimos essa ligação. Infelizmente, o Executivo olha para a Câmara hoje, tendo eu como presidente, como um adversário político e esquece que nós estamos em um cargo e precisamos ser maiores que tudo isso. Todos têm o direito de se candidatar a prefeito, vice ou vereador. Se eu fosse brigar com todos os pré-candidatos, então, não iria falar com ninguém. Nós que estamos nesta posição precisamos entender que isso é maior que nós. Não é hora de pensar em picuinhas. A relação é ruim também porque o prefeito não tem representação na Câmara, não tem líder, não tem base política, não tem nenhum vereador que se intitula como um parlamentar da base. Isso mostra que o problema do prefeito não é uma pessoa em si. É com todos. É com o Legislativo. A relação é ruim e precisa urgentemente melhorar”.
PRIORIDADES DO MUNICÍPIO
“Primeiramente, trata-se da união de forças. Precisamos demonstrar aos governos Federal e Estadual que nossa cidade possui políticos capacitados e está necessitando de muita ajuda para resolver questões como o problema do lixo, o fórum não inaugurado, a reforma inacabada da escola Ebe Aurora e uma malha asfáltica que se assemelha a um queijo suíço. Portanto, é necessário unir essa força, cada um buscando verbas com seus deputados para que a cidade possa progredir. E tudo isso passa por um bom relacionamento, pois quando conseguimos a verba e o Executivo a perde, de nada adiantará. Ficamos ainda com má fama entre os deputados, pois o dinheiro não foi aplicado. Nestes dias, o prefeito conseguiu comprar vários carros, todos provenientes de emendas parlamentares, de vereadores e ex-vereadores, nada com dinheiro próprio”.
DISPUTA ELEITORAL
“Vejo que está em aberto. Poucos partidos se movimentam. Eu sou pré-candidato a prefeito. Estou me movimentando para isso ao buscar um novo partido e montar minha equipe. Espero realmente que tenhamos uma disputa de pessoas preparadas, que sejam discutidas as ideias, não as pessoas. Que seja uma eleição de propostas para nossa cidade melhorar a situação. Hoje, nossa cidade está muito mal no cenário político”.