Emicont: a essência e a gratidão são mantidas durante a jornada dos empresários Carlos Alberto e Giseli Golim

Emicont: a essência e a gratidão são mantidas durante a jornada dos empresários Carlos Alberto e Giseli Golim

Foto: Divulgação

Em entrevista ao jornal AGORA NA REGIÃO, Carlos Alberto Fernandes dos Santos, o Carlinhos, relata sua trajetória de vida pessoal e profissional. Desde o período em que trabalhava no matadouro municipal até se tornar um empresário no ramo da contabilidade.

Junto com sua esposa, Giseli Golim dos Santos, que conheceu em um escritório quando trabalhavam juntos, eles criaram a Emicont Mirandópolis. A empresa mantém a essência do antigo Escritório Mirandópolis de Contabilidade, antes de ser de propriedade de Guto, falecido em 2012.

Os pais do Matheus, de nove anos, e do Pedro, de dois anos, expressam gratidão por Guto e sua família. Emocionam-se ao falar sobre essa parceria que durou muitos anos, levando-os a adquirir a marca e prestar homenagem a ela. Atualmente, a Emicont está localizada na Rua São João, 1.545, no Centro, e conta com 10 funcionários.

Onde nasceu? 

Nasci na zona rural, conhecida como o Pé de Galinha. Estudei no Dr. Edgar Raimundo da Costa e na Noêmia Dias Perotti, e depois fiz faculdade em Três Lagoas, onde entrei na graduação em 2004 para cursar Direito. Comecei a trabalhar aos 11 anos, no açougue do Tinim, o Sérgio Limeira. Comecei minha trajetória ali, saindo de casa para matar vacas no matadouro municipal. Aos 15 anos, fui trabalhar no Escritório Brasil, com o senhor Manoel Franco. Em 1998, ingressei na Penitenciária como agente, em Valparaíso, após passar em um concurso público. Em dezembro de 2006, mudei para Lavínia, onde permaneci até 2018, quando me aposentei.

Precisou sair do escritório? 

Na verdade, nunca deixei de trabalhar no ramo de escritório. Sempre me envolvi com ambos os serviços, dia sim, dia não. No primeiro ano, me afastei do escritório do Manoel Franco. Em 2000, assumi a parte administrativa da Caiu & Cau, do Júnior Veroneze, permanecendo lá até 2006. Depois disso, o Guto, Eugênio Augusto Martins, saiu do Escritório Brasil junto com outros funcionários e abriram o Escritório Mirandópolis. Foi nesse momento que ele me convidou para trabalhar com ele. Retornei em maio de 2006 e permanecemos juntos até outubro de 2012, quando infelizmente ele faleceu vítima de um câncer. No início de 2013, a família decidiu colocar o escritório à venda. Minha esposa e eu decidimos adquirir as operações do escritório, que ficava ao lado do Laboratório São Lucas. Em 2014, decidimos investir no escritório e ampliar as operações. Foi aí que surgiu a ideia de comprar um novo imóvel e renovar o negócio.

Qual foi o motivo da escolha da Emicont?

Optamos pelo nome Emicont como uma homenagem ao Guto. Esta é a abreviação de Escritório Mirandópolis de Contabilidade. Escolhemos esse nome para preservar o que ele fez por nós e o quão significativo foi em nossa jornada. Há coisas que ele fez por nós que talvez nem pai ou irmão fariam. Mantivemos a essência. Tudo o que conseguimos realizar como escritório, devemos a ele. Aprendemos muito com ele, mesmo que a base tenha saído com ele no Escritório Brasil.

Carlinhos e Giseli. Foto: Divulgação

Como conheceu sua esposa Giseli? 

Até então, em 2006, entrei com o Guto no Escritório Brasil. A Giseli entrou em 2007. Ela é natural de São Paulo e veio para Mirandópolis aos seis anos de idade. Seu pai era policial militar e foi transferido para trabalhar aqui em 1991. A família dela era de Valparaíso e vieram para Mirandópolis para ficar mais próximos. Em 2002, a Giseli também fez Direito, na Toledo, em Araçatuba. No penúltimo ano da faculdade, enquanto trabalhava com o delegado Natanael Pinheiro, surgiu uma oportunidade no escritório no início de 2007. Foi aí que nos conhecemos. Em novembro do mesmo ano, começamos a namorar e, após quatro anos, em 2011, nos casamos.

Qual é a razão pela qual vocês têm confiança na cidade?

Acreditamos no potencial da cidade, pois nascemos e crescemos aqui. Se algo tem que dar certo, tem que ser aqui. Quando decidimos reformar o prédio, muitas pessoas criticaram, dizendo que não deveríamos investir aqui. A Giseli sempre me disse que precisávamos fazer algo diferente, algo que chamasse atenção, com uma estrutura adequada. Sempre tivemos o sonho de ter um prédio com a nossa identidade. Desde que assumimos, a Giseli fez um curso técnico de contabilidade emitido pelo CRC-SP e é ela quem assina pelo escritório atualmente. Ela também é advogada aqui.

Colaboradores do escritório. Foto: Divulgação

Vocês têm planos de expansão?

Este prédio tem cerca de 250 metros quadrados de construção. Nossas histórias estão entrelaçadas com muitas outras. Adquirimos o prédio da Neuza Yurasseck e do seu Jobi Yurasseck. No momento da venda, eles compartilharam suas histórias vividas neste lugar. Na entrada do prédio, na recepção, a parede é a original. Tivemos o cuidado de preservar boa parte da estrutura. Eles vieram ver depois de pronto e ficaram felizes. Investimos na cidade porque acreditamos em seu potencial. Há espaço para que todos trabalhem. Às vezes, quando precisamos contratar, muitas pessoas optam por sair. No entanto, há oportunidades para investimento. É uma cidade acolhedora, com um comércio bom, bonito e unido. Nunca passou pela nossa cabeça sair de Mirandópolis. Agradecemos aos nossos colaboradores e também aos colegas do Escritório Brasil que sempre nos ajudaram quando precisávamos, como Paulo, Vagner, Mano, Ricardo Betoni… São pessoas que contribuíram para nosso crescimento e o da empresa. Sempre dizemos a todos que entram aqui que somos uma família. Não conseguimos ser apenas patrões.


                       
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