‘Educação não se constrói sem diálogo, precisamos estar abertos para o desenvolvimento’, analisa Paulo Cezar Pardim

‘Educação não se constrói sem diálogo, precisamos estar abertos para o desenvolvimento’, analisa Paulo Cezar Pardim

Foto: Divulgação

Em meio a desafios ímpares, a educação em Mirandópolis está pronta para um novo capítulo de renovação e progresso. A trajetória do professor – agora diretor de Educação, Paulo Cezar Pardim de Sousa, reflete não somente a evolução pessoal, mas também o fervor por construir pontes sólidas entre os variados atores do sistema educacional. Confira na sequência a entrevista completa.

Onde nasceu e cresceu?

Eu nasci em 1986 em Pereira Barreto. Cresci com meus pais, Ilanicio de Souza e Erotildes Pardini, um irmão chamado Claudio e uma tia que sempre necessitou de atenção especial e, por isso, morava conosco. Meu pai trabalhou em uma cooperativa na área de ração. O interessante é que ele entrou aos 18 anos e permaneceu no mesmo emprego por mais de 25 anos até se aposentar. Minha mãe sempre cuidou do lar.

Qual foi sua trajetória escolar e profissional?

Quanto à minha trajetória escolar e profissional, frequentei escolas públicas, tanto municipais como estaduais. Aos 15 anos, comecei a trabalhar como Mirim no setor de Obras da Prefeitura de Pereira Barreto. Cursei Letras na FIU (Faculdades Integradas Urubupungá) na mesma cidade. Quanto a graduação, embora tenha sido aprovado em outras faculdades, a falta de recursos financeiros me impediu de iniciar. Na FIU, obtive uma bolsa de estudos integral do ProUni com base na minha pontuação no Enem. Durante a graduação, iniciei estágio no Estado e, em 2006, comecei a lecionar como professor substituto, inicialmente ensinando Língua Portuguesa e Inglês, ampliando posteriormente para outras disciplinas. Além disso, realizei quatro pós-graduações, um Mestrado e estou prestes a concluir um Doutorado, planejando finalizá-lo em agosto.

Como foram as primeiras experiências como professor?

Lidar com uma sala de aula com 40 alunos não é tão simples como muitos imaginam. Especialmente no início da carreira, enfrentamos algumas inseguranças. Surge o medo, mas à medida que o tempo passa, vamos desenvolvendo estratégias para nos tornarmos mais eficazes. Lecionar é algo fascinante; até 2023, continuava ministrando aulas, pois é algo que me traz satisfação. Em 2008, iniciei o curso de Pedagogia em Pereira Barreto, concluindo em dois anos. Em 2010, fui aprovado em um processo seletivo em Andradina, onde atuei por um ano, retornando posteriormente para Pereira Barreto. Em 2012, recebi um convite para assumir o cargo de coordenador em uma escola, o que foi uma oportunidade significativa em termos de crescimento profissional. Enquanto professor, temos uma visão específica, mas na coordenação conseguimos enxergar outros aspectos igualmente cruciais para o desenvolvimento profissional. Posteriormente, fui efetivado e assumi como Coordenador de Ensino de Projetos, posição que mantive por sete anos, de 2014 a 2020.

Como surgiu a mudança para Mirandópolis?

Sempre tive o desejo de se tornar diretor escolar. Para concretizar esse objetivo, prestei alguns concursos, até que fui aprovado para assumir em Mirandópolis. Como já era professor efetivo e ocupava o cargo de coordenador, decidi mudar para cá para assumir a posição de diretor efetivo. Assumi o cargo em abril de 2020, logo após o início da pandemia. Em decorrência das restrições, as atividades escolares ficaram suspensas em 2020 e 2021, iniciamos o revezamento em 2022 e em 2023 finalmente retornamos à normalidade. Durante esses anos no cargo, adquiri aprendizados significativos que, sem dúvida, me prepararam para os desafios que enfrento atualmente.

Como recebeu o convite para ser Diretor de Educação?

Anteriormente, eu conhecia o atual prefeito, Grampola Pantaleão, unicamente pela sua atuação como vereador. Segundo ele me contou, o convite para o cargo surgiu em virtude do meu bom desempenho no Ebe Aurora, por minha interação com professores, mães e pais de alunos e demais profissionais da escola, os quais podemos dizer que me recomendaram positivamente. Após ser convidado para uma conversa, prontamente aceitei o desafio.

O que acha fundamental para o cargo?

Acredito firmemente que a educação não se constrói sem diálogo! Um dos motivos que me levou a aceitar o cargo foi a confiança na minha habilidade de dialogar com todos os envolvidos direta e indiretamente no processo educacional. Reconheço que enfrentamos diversos desafios, no entanto, sei que por meio do diálogo e do trabalho conjunto, podemos superar muitas adversidades.

Quais os principais problemas a serem resolvidos?

A escola Ebe Aurora representa um desafio significativo, e é crucial reerguê-la com uma estrutura de qualidade. Embora, devido à eleição, não possamos intervir no momento, depois vamos lançar licitações para iniciar a reconstrução, visto que o projeto já está elaborado. Além disso, é urgente aprimorar a infraestrutura das demais escolas, abordando questões como pintura e melhorias nas instalações elétricas e hidráulicas. Outro ponto crucial é a atualização do plano de carreira, uma medida vital para corrigir situações que impactam negativamente as finanças municipais. Essas ações são essenciais para o benefício de todos e exigem atenção imediata.


                       
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