Mirandopolenses realizam intercâmbio de idiomas
Você sabia que está crescendo o número de brasileiros que procuram complementar sua formação no exterior? Entre 2017 e 2018, houve um aumento de 20,5% entre estudantes embarcando em um intercâmbio. Em números absolutos: de 302 mil para 365 mil pessoas, de todas as idades, segundo pesquisa da Associação Brasileira de Agências de Intercâmbio. Os destinos mais procurados seguem sendo Canadá, Estados Unidos, Reino Unido, Irlanda e Austrália.
A mirandopolense Leticia Orsi viajou há sete meses para Dublin, na Irlanda, com objetivo de aprender inglês de uma forma mais rápida. “Quando era mais nova fazer intercâmbio parecia ser algo distante da minha realidade, mas quando estava no último ano da faculdade, em São Paulo, percebi o quanto era necessária essa segunda língua. Daí fui pesquisar sem compromisso e para minha surpresa quando falei com meus pais eles me apoiaram”, explica Leticia.
A jovem comenta que inicialmente queria ir para a Austrália, mas não foi possível por conta de algumas burocracias, como na questão de comprovação de renda onde para estudar no país exigem, no mínimo, R$ 30 mil parado na conta, por 90 dias. “De todas as opções que procurei a Irlanda foi a que se encaixou melhor, pois aqui posso estudar e trabalhar 20 horas por semana, já no verão consigo trabalhar 40 horas por semana e com isso consigo me manter”, define Leticia.
Ela revela que pesquisou várias agências antes de fechar seu intercâmbio e que o auxílio da empresa foi importante por conta do suporte que eles fornecem na questão de documentos e obrigatoriedades para entrar no país. “Estudo inglês no período da manhã. Entro às nove horas e saio 12h15. Depois vou para meu trabalho, atuou como cleanear (limpeza) na base da Microsoft em Dublin. É um trabalho muito comum entre os estudantes porque é uma primeira porta de entrada para conseguir uma renda. Escolhi morar em uma casa com estudantes que vieram fazer a mesma coisa que eu. Moro em uma casa com 16 pessoas e divido um quarto com uma amiga que se chama Maiara”, confidencia Leticia.
Outra mirandopolense que está fazendo intercâmbio é a farmacêutica bioquímica Franciele Rodrigues Macedo. Ela está em sua segunda experiência fora do país, pois em 2017 foi para o Canadá, em Toronto, e nesse momento está em Londres. “A ideia inicial surgiu porque queria fazer a imersão do idioma em outro país. Nas duas ocasiões fechei meu intercâmbio com uma agência de turismo por conta da facilidade nos tramites burocráticos”, analisa Fran.
Durante o intercâmbio, ela está ficando em uma casa de família para conseguir vivenciar os costumes dos ingleses e ter a experiência da cultura local. “Vim para ficar apenas um mês porque é o período das férias no trabalho. Mas mesmo sendo pouco tempo, dá para tirar muito proveito do idioma”. Fran ainda ressalta que a principal dificuldade nos intercâmbios foi acostumar com a comida e a temperatura. “O clima de Londres no inverno é quase sempre nublado e muito frio, fora que no inverno quando chega 16h30 já está escuro. Em ambos os países não me adaptei com a comida, porque é quase sempre sem sabor ou muito apimentada. Se você quiser comer bem, o custo é um pouco elevado, daí complica”, completa Fran.
Cinco dicas para quem quer fazer intercâmbio
- Pesquise sobre os países: por mais que você tenha o desejo de conhecer um país em específico, faça uma pesquisa sobre os preços, vantagens e estilos de vida de cada região. Muitas vezes pode valer mais a pena uma viagem para um país menor, que possibilite fazer viagens por diversos outros lugares.
- Documentos necessários para cada destino: nos Estados Unidos, por exemplo, o intercambista precisará do visto americano, passaporte e comprovante de passagem de volta. Já os países da Europa exigem o passaporte, seguro viagem e o pedido do visto varia muito de acordo com o tempo de viagem e de qual país será o destino.
- Selecione a escola que irá estudar: se sua prioridade é de um inglês básico, existem diversas escolas preparadas para receber intercambistas que possuem exatamente esse perfil. Deixe isso claro na hora de fechar com a agência e escola.
- Decida-se sobre o melhor lugar para morar: o lugar onde o estudante vai morar é uma escolha tão importante quanto saber onde estudar. A moradia ideal é algo que varia de acordo com o perfil de cada aluno e isso pode influenciar até mesmo no aprendizado do idioma.
- Tenha cuidado com o convívio com brasileiros: não tem para onde fugir, qualquer lugar do mundo que você for aprender inglês, pode ter absoluta certeza que encontrará um brasileiro também por lá. Encontrar com alguém da mesma nacionalidade é algo que passa a sensação de conforto e segurança, mas é preciso ter muito cuidado com isso.