‘Tracei toda minha vida familiar e profissional em Mirandópolis, cidade de onde nunca pensei em sair’, diz Almir Pontes

‘Tracei toda minha vida familiar e profissional em Mirandópolis, cidade de onde nunca pensei em sair’, diz Almir Pontes

Conversamos com Almir Pontes Rodrigues, mirandopolense que nasceu em 1945 e cresceu no bairro rural Três Pontes. Pai de 4 filhos e avô de 7 netos, Almir tem uma trajetória de mais de 40 anos no Escritório São Paulo, assim como uma importante atuação social no município. Confira na sequência a entrevista completa.

Como foi sua infância e juventude?

Era uma casa com cinco irmãos, onde crescemos no bairro rural Três Pontes. Foi uma infância de muita brincadeira com os primos, onde meus pais sempre deram tudo de bom e permitiu um foco no estudo. Sempre gostei de jogar futebol, brinquei por muitos anos no km 52. Trabalhava na roça, então o esporte era uma das poucas diversões da época, depois mudamos para a cidade, foi quando passei a fazer natação, depois treinei vôlei e basquete. ~Em relação aos estudos, terminei o grupo e depois fiz um cursinho que, na época, precisava para entrar no ginásio, de curso preparatório. Depois me formei contador e na sequencia fui estudar Direito em Bauru, me formei em 1971.

Começou a trabalhar cedo?

Posso dizer que comecei com oito anos (risos). Quando entrei na escola meu pai me deu dois presentes. Um lápis e disse “com isso aqui você vai aprender a ler e escrever”. E me deu uma enxada e falou “com isso você vai aprender a ser homem”. Então estudava até na hora do almoço e dali em diante ia para a roça que era do meu avô. Trabalhei na roça até os 18 anos. Depois entrei em um escritório de contabilidade, era do Rubens Jordani e Orlando Barbosa de Oliveira. Trabalhei por seis anos lá. Sai de lá e fui trabalhar no Crevelaro, na loja Móveis Cristal. Trabalhei por 12 anos, foi quando o senhor Walter Fernandes, que era dono do escritório aqui, acabou falecendo. Foi quando eu e mais três funcionários que trabalhavam no escritório, fizemos uma sociedade e compramos o escritório em 1982.

Qual a sua atuação social?

Tudo começou em 1964, quando nós fundamos o Grêmio Literário Esportivo Recreativo Castro Alves, que o presidente foi o Breda, eu era tesoureiro. Teve esse grêmio por muito tempo, nós íamos em todos comícios e era atuante, foi uma parte importante onde comecei a me envolver com as questões sociais e políticas.

E diretamente nas entidades?

Participei pela primeira vez na Casa das Crianças, pois estava passando em um momento difícil nos anos 80. Reorganizamos, inclusive a maçonaria participou bastante. Também participei ativamente da APAE. Não participei da diretoria inicial, mas estive junto na criação. Depois entrei no sindicato rural, agora inclusive sou vice-presidente, mas já fui presidente por dois mandatos. Na AMAI não participei de diretoria, mas estava sempre presente. Participei por muito tempo do Lions, onde fui presidente. Na época nós construímos, na AMAI, aqueles prédios novos. Fui presidente do clube por 10 anos, nós fizemos a construção da quadra coberta, a parte de baixo, nós com o apoio de toda diretoria. Nessa época queríamos aumentar o clube e não conseguimos, mas foi um trabalho importante.

Ainda trabalha no escritório?

Para falar a verdade a gente já não trabalha mais como antes. Mas tenho comparecido todos os dias. É uma forma de me sentir útil, sendo que de certa forma ajudo em algumas coisas.

Como define sua ligação com Mirandópolis?

Eu jamais pensei em sair de Mirandópolis porque eu amo demais essa cidade. Minhas amizades foram criadas todas aqui, meu casamento foi aqui, meus filhos nasceram e ainda dois moram aqui. Trabalhei na prefeitura por seis meses, quando o prefeito era o Ikejiri como chefe de gabinete. Saindo de lá fui para a câmara municipal, ali eu fui até diretor geral, fiquei lá por alguns anos e depois acabei saindo. Tem toda essa atuação no escritório e com as entidades sociais, graças a Deus uma trajetória de muito orgulho.


                       
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