‘Não foi fácil empreender, por isso valorizo o atendimento de qualidade’, explica Adriano dos Anjos, do Supermercado Tend Tudo

‘Não foi fácil empreender, por isso valorizo o atendimento de qualidade’, explica Adriano dos Anjos, do Supermercado Tend Tudo

Conversamos com Adriano Rogério dos Anjos, que nasceu em 1976 em Mirandópolis, mas cresceu com seus pais e dois irmãos em uma propriedade rural em Guaraçaí onde seu pai trabalhava. Foi estudar o ensino fundamental em Penápolis, no colégio agrícola, e na sequência, em 1996, chegou em Mirandópolis para trabalhar com o Sr. Assada. No comercio a primeira oportunidade de empreender foi com um bar, em 1999, depois engrenou no ramo e foi ampliando o negócio. Casado e com dois filhos, veja na sequência a entrevista completa.

Como foi sua infância?

Nasci em Mirandópolis, em 1976, mas eu morava com meus pais em Guaraçaí, no bairro formosa. Nessa época o meu pai trabalhava em uma fazenda como administrador da propriedade. Então minha vida se iniciou em Guaraçaí, eu e mais dois irmãos, com meus pais. Estudei na escola Valeriano Fonseca e depois fui para o colégio agrícola, em Penápolis.

Você começou a trabalhar na fazenda?

Isso, comecei a trabalhar com oito anos de idade e posso dizer que fazia de tudo. A gente trabalhava em roça de algodão e tomate, então você tinha que trabalhar para ter um dinheirinho para conseguir ir para a escola, porque não tinha essa facilidade que tem hoje.

Quando saiu da área rural?

Morei lá até 1990, quando mudei realmente para a cidade de Guaraçaí. Eu fui morar com o meu padrinho, porque o meu pai se mudou para Mato Grosso e meu padrinho me chamou para morar com ele e continuar com os estudos. Mas vale lembrar que nesse intermédio os meus pais se separaram muitas vezes, então antes eu vim morar em Lavínia, depois eles voltaram e fui de volta para Guaraçaí, então ficou umas três vezes assim meio vai e volta, foi muito conturbado em termos de relacionamento, até que chegou uma hora que eles se separaram definitivamente. Fiquei lá até terminar a oitava série, quando fui estudar em um colégio agrícola.

Como foi essa experiência?

Foi uma época complicada, porque em Penápolis eu não tinha quem me desse suporte, então eu tinha que trabalhar nas férias para conseguir um dinheiro que aguentasse até as próximas férias. Pegava carona de caminhão, ou mesmo ia a pé. Nessa época a gente fazia plaquinhas e pegava carona. Quando chegava as férias fazia um extra colhendo cebola, em Lavínia, isso ajudava a gente a estudar.

E quando terminou, o que fez?

Terminei o colégio agrícola em 1995, daí no ano seguinte vim trabalhar com o Sr. Assada, na época eu morava em Lavínia com a minha mãe e fiquei indo e voltando para trabalhar na roça, porque meu pai se separou da minha mãe, então não queria deixar ela sozinha. Eu até recebi propostas para fazer faculdade de agronomia na época, mas eu não pude para conseguir ajudar ela. Então de 1996 até 1998 eu trabalhei com o Assada, daí em 1999 surgiu a oportunidade de abrir um comércio. Nessa época eu já estava namorando com a Edna, e a minha tia tocava um bar, foi quando ela me ofereceu. A minha esposa trabalhava no mercadinho do Sr. João Alves (da Lúcia) e pediu as contas, então a gente se acertou e ficou com o bar em 1999, foi aí que a gente começou, mas eu continuei trabalhando mais um tempinho no Assada. Depois eu trabalhei na Fundação Casa, de 2001 até 2018, indo e voltando de Araçatuba.

Pensava em ter um empreendimento?

Antes disso eu nunca tinha pensado em trabalhar no comércio, a minha vida sempre foi da roça. Fiquei mais um tempo trabalhando no Assada e depois saí e fui trabalhar no bar com a minha esposa. Lá era um bar e mercearia, a gente trabalhava e pagava aluguel, foi quando em 2005 surgiu a oportunidade de comprar aqui onde estamos hoje, do antigo Nakamura. Aqui também era um barzinho, a gente comprou e morava no fundo.

Vocês reinauguraram com novo espaço?

Nós já fizemos três ampliações. A primeira foi quando eu me mudei para a minha casa da esquina, então a gente aumentou o pedaço onde era a casa e fizemos o açougue, em 2018. Depois nós compramos esse terreno do meio e foi quando nós resolvemos ampliar para conseguir atender ainda melhor os clientes. Hoje temos açougue, padaria e agora estamos com marmita, então tem mais opções e variedades. O nosso horário de funcionamento é de segunda a sábado, das 7h às 21h, e nos domingos e feriados das 7h às 18h.

Qual mensagem deixa para o leitor?

Já são quase 30 anos praticamente morando em Mirandópolis, apesar de ficar um tempo na área rural e em Lavínia, aqui é onde desde criança a gente vinha para se divertir, para comprar as coisas e ir no médico. Essa identificação com a cidade e os munícipes é muito grande e prazerosa, por isso aproveito para agradecer às pessoas que acreditam na gente. Nós sempre buscamos fazer as coisas corretamente sem prejudicar ninguém e sempre fazer o que é certo e ajudar, então graças a Deus onde eu vou sou tratado muito bem.


                       
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