‘Começamos com as filhas vendendo alho para os professores, hoje distribuímos pra região’, recordam Reginaldo e Vânia, da RV Hortifruti

‘Começamos com as filhas vendendo alho para os professores, hoje distribuímos pra região’, recordam Reginaldo e Vânia, da RV Hortifruti

Conversamos com o casal Reginaldo Rodrigues da Costa, de 43 anos, e Vania Mantovani, de 42 anos. Os mirandopolenses começaram a trabalhar cedo, ele aos 14 anos como empacotador, ela como babá aos 12 anos. Depois de muitos anos de luta, empreenderam no hortifruti, onde tudo começou por conta das filhas gêmeas Estela e Gabrieli (ainda tem a filha mais velha – Letícia) vendendo alho para os professores da escola. Confira na sequência a entrevista completa.

Como foi a infância?

Reginaldo: foi uma infância tranquila, graças a Deus. Cresci com meus pais e um irmão, no bairro Agostinho Franco. Estudei nas escolas Hélio Faria e Noêmia. A Vânia tem um irmão, estudou no Noêmia.

Começaram a trabalhar cedo?

Reginaldo: comecei a trabalhar com 14 anos na antiga Casa Moreira, era empacotador. Fiquei lá até meus 17 anos, depois fui trabalhar como promotor de vendas. Fiquei 12 anos percorrendo a região vendendo iogurte. Depois fui trabalhar como motorista, levava abacaxi para o CEAGESP/Ceasa (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo).

Vânia: comecei a trabalhar como babá na casa do Veronese quando tinha 12 anos. Fiquei  por muitos anos, até casar. Depois ainda voltei a trabalhar lá. Nessa época meu marido era motorista, foi quando pedi para ele trazer uma caixa de alho do Ceasa porque eu queria fazer uns pacotes para as minhas filhas venderem na escola para os professores e funcionários, isso foi em 2009.

Estela, Letícia e Gabrieli, filhas de Reginaldo e Vânia

Porque teve essa ideia?

Vânia: para ser sincero surge da necessidade de fazer um dinheiro extra. Como ele estava lá no Ceasa, era tranquilo trazer a mercadoria por um preço mais acessível. Além disso, sempre quis criar as minhas filhas de forma independente, com elas trabalhando e buscando sua independência financeira, pois muitos jovens tem tudo na mão e não dão valor. Então foi uma forma de todos saírem ganhando, inclusive quem comprava porque era uma mercadoria boa e com preço justo. Tanto nós como pais, como elas que tiveram essa vontade de ajudar a gente, tem muito orgulho dessa trajetória.

Foi o início do empreendedorismo?

Reginaldo: sem dúvida foi o pontapé inicial, porque depois do alho foram aumentando os pedidos. Um professor pedia uma caixa de laranja, outro de morango, e assim foi crescendo. Depois disso uma quitanda ficou sabendo, uma padaria, um restaurante, uma pizzaria, com isso fomos aumentando a clientela. Nesse tempo ficamos trabalhando em dupla jornada, nos nossos serviços e fazendo as entregas para os conhecidos. Por volta de 2015 focamos 100% na nossa empresa – RV Hortifruti, foi quando começamos a entregar para alguns mercados, então não tínhamos mais tempo e focamos no negócio.

Onde iniciaram?

Vânia: começamos em casa, em 2015, nessa época podemos dizer que eram 900 caixas por viagem, íamos três vezes por semana no Ceasa. Com o aumento das entregas procuramos um barracão para expandir os negócios, isso foi em 2017, devido à falta de espaço e local de armazenar a mercadoria. Hoje buscamos, em média, mil caixas por dia, além de comprar de produtores da cidade e região.

Reginaldo: o barracão fica aberto para os feirantes e comerciantes de terça, quinta e sábado (rua João Antonio Zanott, nº 943, bairro Santa Paula). Lá temos seis funcionários, é uma correria e tanto.

Expandiram o negócio em 2022?

Vânia: abrimos aqui na rua Rafael Pereira, nº 1036, em 2022. Aqui temos três funcionários e está aberto no horário comercial. Somos uma empresa especializada em Hortifruti, vendemos no atacado e varejo.


                       
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