‘Mirandópolis diz muito sobre as minhas origens e das grandes amizades que fiz na cidade’, recorda Milton Lima

‘Mirandópolis diz muito sobre as minhas origens e das grandes amizades que fiz na cidade’, recorda Milton Lima

Conversamos com Milton Lima, que nasceu em 1948 em Bento de Abreu. Viveu muitos anos na roça com seus pais, chegando em Mirandópolis em 1964 para morar no Km 50. Trabalhou no Hospital Geral e na CESP, sendo que depois de aposentado foi morar em Campo Grande, junto com a esposa Remir para acompanhar na época as filhas Helen e Juliana que estudavam na cidade. Apaixonado por literatura, Milton Lima tem em seu currículo a publicação de 10 livros. Confira na sequência a entrevista completa.

Onde nasceu e cresceu?

Nasci em 1948, na cidade de Bento de Abreu, mais precisamente na fazenda Santa Maria. Cresci na roça, onde meus pais trabalhavam. Passei minha infância na fazenda e com eles aprendi amar a natureza. Depois vivi na região de Araçatuba e Lavínia.

Quando chegou em Mirandópolis?

Cheguei em Mirandópolis em 1964, morávamos inicialmente no Km 50, sendo que em 1969 mudamos para a cidade, onde fui trabalhar no Hospital Geral.

Quais as lembranças de Mirandópolis?

Estudei na antiga Escola do Comércio e depois no Noêmia. Lembro muito bem dos amigos, como Antônio Feliciani, João Antônio de Araujo, Salomão Felício dos Santos, Fred de Souza, Luís Roberto Gordo, Gerson Possenti, Agenor Garcia, Gerval Boneti, Miro Viola, entre alguns outros que devo estar esquecendo de nomear. Assim como lembro das noitadas no Clube Atlético Mirandópolis (CAM) e Cine São Jorge. 

Qual a sua formação académica?

Quando terminei o ensino médio iniciei o curso de Direito, mas não foi possível conciliar estudo e trabalho, ficou pesado e acabei desistindo da faculdade. Mas preciso dizer sobre a importância de ter bons professores como Gabriel Carbello, Sergio Bruzadin, Maria Jose, Zé Caleme, entre outros.

Começou a trabalhar cedo?

Comecei com 21 anos no Hospital Geral de Mirandópolis, onde fiquei por oito anos, passando por diversos cargos. Depois fui trabalhar na Usina Jupiá, na Central Elétrica de São Paulo, mas continuei morando em Mirandópolis. Depois fui trabalhar na CESP, onde trabalhei por 18 anos como operador técnico de usina e subestação de alta tensão.

Milton Lima em um momento de lazer.
Foto: Arquivo Pessoal

Quando casou e tem quantos filhos?

Casei em 1974, com a Remir Odone. Temos duas filhas, Helen e Juliana, sendo que temos 5 netos. 

Quando mudou de Mirandópolis?

Depois que aposentamos as minhas filhas já moravam e estudavam em Campo Grande, com isso resolvemos mudar para acompanha-las de perto. Mudamos em 1999 para a capital do Mato Grosso do Sul, onde estamos vivendo até hoje.

Está sempre em Mirandópolis?

Tenho cidadania política e grandes amizades em Mirandópolis, por isso estou sempre na cidade. Sempre que posso visito os grandes companheiros que não esqueço dos bons momentos vividos.

Como surgiu sua paixão pela literatura?

Apesar de eu ter nascido e crescido na roça, e não ter tido influência literária na família, me apaixonei pela literatura desde que conheci as letras. Quando descobri a biblioteca e os livros foi um verdadeiro encanto. Estava ali na minha frente e ao alcance das mãos a chance que esperava para o meu aprendizado. Já tenho 10 livros publicados, e imagino que saia mais um ainda esse ano. Escrever é igual viver, em constante processo de aprendizagem. Quanto mais aprende, mais a responsabilidade pesa no ombro da gente. E lembrando, dos livros que publiquei, sempre deixei alguns exemplares na biblioteca municipal.


                       
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