‘A proposta do Republicanos não é quantidade e sim qualidade’, diz Lucas Gonzalez, novo presidente do partido em Mirandópolis

‘A proposta do Republicanos não é quantidade e sim qualidade’, diz Lucas Gonzalez, novo presidente do partido em Mirandópolis

Foto: Vinicius Macedo

Diretor do departamento de Obras da Prefeitura por quase três anos durante a gestão do ex-prefeito Everton Sodario (Patriotas), Lucas Gonzalez assumiu no início de 2023 a presidência municipal do Republicanos, mesmo partido do governador do Estado, Tarcísio de Freitas. 

O engenheiro civil recebeu a reportagem do jornal AGORA NA REGIÃO em seu escritório para falar sobre política. Lucas diz não ter pretensões políticas para as eleições do ano que vem e que o foco do Republicanos é compor grupo, dialogar com os demais partidos e apoiar projetos de interesse comum para a população. 

Qual sua função hoje no partido?

Sou atual presidente executivo municipal e essa nova executiva teve início no começo deste ano. Regionalmente, auxiliamos o coordenador regional, que é o prefeito de Birigui, Leandro Maffeis. No último balanço que fizemos contabilizamos 68 filiados no município.

Como foi essa experiência em atuar como diretor de Obras da Prefeitura? 

Foi um grande aprendizado. Eu já tinha sido estagiário por dois anos no departamento de Obras. Depois de um ano de formado, fui convidado a entrar no cargo. Foi uma experiência muito boa para minha carreira. E acho que conseguimos, dentro que foi proposto e da realidade do Município, fazer um trabalho importante. Algumas obras que tive muito aprendizado foram a conclusão da reforma da praça, a reforma da prefeitura e, um ponto muito importante que a gente lançou a ideia e a proposta e esperamos que se concretize, foi o parque ecológico, sem contar as obras de recape, pavimentação e reperfilamentos asfálticos.

E o que motivou você a entrar na política? 

Nunca tive pretensão e ambição política. Mas o atual cenário… Você percebe que consegue fazer a diferença mesmo em passos lentos. É possível resolver um problema. Mas infelizmente não é o que acontece na política brasileira. A gente encarou esse desafio, que foi uma proposta do Republicanos, do coordenador regional. 

Para 2024, quais são suas pretensões políticas? 

O Lucas não tem pretensões políticas, mas eu gostaria de participar de um grande projeto, de algo que pudesse mudar a cara de nossa cidade. O Republicanos tem a proposta de fazer um grupo forte de vereadores e estamos estrategicamente buscando pessoas que tem esse perfil. É possível que tenhamos candidatura ao Executivo, mas é algo que tem que amadurecer ainda. Vamos avaliar a pessoa que tem maior capacidade para resolver os problemas dentro do grupo e, eventualmente, lançar alguém. 

Então, o Republicanos não descarta apoiar outro candidato? 

A nossa ideia é uma composição. A gente precisa somar força e parar com esse negócio de tem que ser chapa pura. Não desmerecendo quem já fez, mas acho que precisamos compor. Ouvir e dialogar são essenciais e ultimamente não temos visto isso na política há alguns anos. 

Lucas Gonzalez é engenheiro civil, tem 29 anos, e foi diretor de Obras da Prefeitura durante a gestão do ex-prefeito Sodario. Foto: Vinicius Macedo

Como você avalia a gestão do prefeito Mirão? 

Como todo mundo, ele tem pontos positivos e negativos. Acho que o melhor ponto dele foi concluir as obras que deixamos em andamento. E de ponto negativo, que vejo que talvez seja o maior impasse da gestão, é um governo sem identidade porque não tem uma pauta específica, não tem direcionamento. 

Como é sua relação com o ex-prefeito Sodario e como enxerga o trabalho político dele?

Prefiro avaliar ele quando foi prefeito. Sou muito grato pela oportunidade que me deu, principalmente pela autonomia. Quando ele entrou, disse que não entendia de questões técnicas e nos deu carta branca para trabalhar. Como gestor, foi uma boa pessoa, deu oportunidade para os técnicos fazerem seus trabalhos. 

Como é sua relação com os demais partidos da cidade? 

Tenho feito alguns alinhamentos com alguns partidos. O Podemos, por exemplo, tem uma liderança forte que é o Patrick e temos pretensões de caminharmos juntos. Conversamos também com o PL, com a presidente Marina. É tudo uma conversa. Existe uma pretensão para caminharmos juntos, mas é algo a ser lapidado. 

Qual a recomendação do seu partido para a eleição do ano que vem e como você tem avaliado o trabalho do governador Tarcísio? 

A proposta do Republicanos não é quantidade e sim qualidade. Eles não têm ambição de eleger “x” números de prefeitos no Estado. Eles têm ambição de lançar candidatos que realmente possam fazer a diferença e que consigam carregar bem o nome do partido. E Mirandópolis é uma cidade que tem a proposta de ter um candidato ao Executivo. O que foi recomendado ao partido é que seja uma pessoa que tenha o mesmo perfil que o governador, mais técnica, mais resolutiva, voltada ao diálogo e não ao extremismo. Seria algo mais de centro-direita e não extrema-direita. Sobre o trabalho do Tarcísio, acho que ele tem grandes desafios e propostas. No dia 28 de agosto, foi aprovada a tabela do SUS Paulista e isso é muito importante porque muitas Santas Casas não estão conseguindo operar porque trabalhavam com uma tabela defasada. Ele tem bastante iniciativa. É um governo novo, que não tem um ano de trabalho. Foram 30 anos praticamente de PSDB, então, leva um tempo, mas acho que ele está no caminho certo.

O ex-vereador Brito alegou que foi tirado da presidência do Republicanos por uma simples ligação telefônica. O que você tem a dizer sobre isso? 

Justamente nessa definição do partido, de ter um olhar mais técnico, ocorreram algumas adequações. Antes, as cidades ficavam nas mãos dos deputados e, agora, ficam nas mãos de um gestor regional. Neste caso, o coordenador fez uma análise voltada ao que seria mais interessante ao partido. Então, ele fez essas mudanças na executiva de Mirandópolis nos convidando para ingressar. E depois que isso aconteceu, nós procuramos o Brito, convidamos ele e toda sua equipe para continuar no partido porque a proposta do partido é ter diálogo e construir um projeto bom para Mirandópolis. Mas ele optou em seguir por outro caminho.


                       
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