‘Trabalhar no rádio sempre foi uma obsessão, graças a Deus posso viver diariamente essa minha paixão’, conta Anderson Santos
Foto: Eduardo Mustafa
Conversamos com Anderson Alex dos Santos, que nasceu no dia 2 de fevereiro de 1978, em Lucélia. Sua infância e juventude foi em Osvaldo Cruz, cidade que começou a trabalhar aos 11 anos na Santa Casa. Aos 18 anos surgiu a primeira oportunidade no rádio e nunca mais parou. Casado com Brenda há oito anos, Anderson atualmente está no comando do programa Microfone Aberto, na rádio Massa Mirandópolis. Confira a entrevista completa.
Onde nasceu e cresceu?
Nasci em Lucélia, mas fui criado em Osvaldo Cruz em uma casa com dois irmãos. Meu pai biológico eu perdi quando minha mãe ainda estava na minha gestação. Então nem conheci! Com isso a minha mãe casou com meu segundo pai quando eu tinha dois anos. Infelizmente perdi esse meu pai há três anos, ainda sofro muito com essa perda. Fui criado com todo amor por eles, então não tinha aquela história de padrasto, era realmente meu pai.
Quando começou a trabalhar?
Aos 11 anos de idade comecei a trabalhar na Santa Casa de Osvaldo Cruz. Naquela época não tinha o curso de auxiliar de enfermagem, então os jovens eram contratados. Eu quase fui enfermeiro, fiquei lá por sete anos, mas a minha paixão pelo rádio falou mais alto (risos).
Qual a primeira lembrança do rádio na sua vida?
Eu tenho lembrança de ficar escutando rádio e ficar imitando os locutores com cinco anos de idade. A minha infância toda passei ouvindo rádio e brincando com a imaginação que só o rádio permite. Recordo de pegar aquelas mangueiras preta e grossa, e ficar falando para que meus amigos ouvissem do outro lado. Com isso ficava fazendo a locução e quando entrava uma música no rádio, colocava a mangueira no alto falante para eles ouvirem. Ai ficava brincando de ser locutor, era a minha brincadeira favorita (risos).
O rádio então sempre foi uma paixão?
Posso dizer que eu tinha uma verdadeira obsessão pelo rádio. Era meu companheiro, ficava ouvindo por horas, não tinha como não ser locutor.
Qual foi sua primeira experiência profissional?
Não ganhava dinheiro, mas eu comecei a ter as primeiras experiências no rádio quando tinha 16 anos. Meu primeiro professor no rádio foi o Pedro Panvechio, que hoje deve ter mais de 70 anos como profissional do rádio. Ele me trazia alguns textos e ficava treinando entonação e outras coisas fundamentais pra ser locutor. Mas a primeira experiência profissional foi em Bastos, em 1996. Comecei fazendo algumas participações especiais, em flashs e eventos, até conquistar meu espaço como locutor.
Quais outras experiências?
Trabalhei 10 anos em Bastos (Cidade FM) e depois três anos em Tupã (Rádio Clube FM). Depois fui trabalhar em Osvaldo Cruz (Rádio Clube e Califórnia FM), onde fiquei por nove anos. Na sequência fui trabalhar em Rancharia, ficando por quase 1 ano. Quando estava lá surgiu o convite para vir para Mirandópolis.
Como foi esse convite?
Na verdade, não foi um convite direto e único para mim, foi para a equipe que trabalhava em Rancharia. Meu amigo, o Washigton, recebeu duas propostas, uma para trabalhar em Lins e outra para Mirandópolis. A primeira pergunta que fiz foi: onde fica Mirandópolis? Ninguém sabia, essa é a verdade. Dai fomos pesquisar e viemos até Mirandópolis conhecer a cidade. No primeiro dia que cheguei já me apaixonei pela cidade e pela Rádio Clube (que se transformou anos depois em Rádio Massa). Com isso decidimos ficar em Mirandópolis e apostar no projeto elaborado pelo Jorginho Maluly, que foi quem trouxe a gente. Viemos para somar a equipe que já estava trabalhando na rádio, e graças a Deus estou aqui até hoje. Tenho muita gratidão pelo Jorginho Maluly e sua família. Quando sai de Rancharia não tinha condição financeira para fazer mudança e alugar a casa. Eles se preocuparam em trazer minha mudança e me ajudar a encontrar uma casa para alugar.
Já teve proposta para sair?
Sim, o Washigton que me trouxe para trabalhar aqui, indo embora um tempo depois, me chamou para ir para Andradina, mas me apaixonei pela cidade e pelo projeto, não tinha como sair. Eu sempre digo, comecei aqui em 2019 e espero trabalhar aqui até me aposentar. Mirandópolis é uma cidade que amo de coração.