Espírito Filosófico: Fariseu, eu? – Por Rogerio Bezerra

Espírito Filosófico: Fariseu, eu? – Por Rogerio Bezerra

Foto: Google Images

Há muito tempo atrás, havia, numa determinada comunidade, um grupo de pessoas conhecidas pela severidade doutrinária que dominavam a classe religiosa daquela época, uma espécie de guardiões da lei mosaica, denominados fariseus, ou seja, os separados, os santos, cumpridores rigorosos das Leis de Moisés, os doutores da lei.

Com o passar do tempo, aquela comunidade recebe a visita sublime de Jesus, trazendo em seu discurso as incoerências humanas, cujo ponto forte do Cristo sempre foi o exemplo, incomodando, desse modo, os doutores da lei, que seguiam o rito ou doutrina de forma dogmática, que se achavam no direito de julgar os outros. Diante da intolerância religiosa, daquele grupo, em confronto com a Boa Nova do Cristo, já conhecemos o final dessa história, resultando na crucificação de Jesus.

Mas, e nos dias atuais, como se encontram os ditos religiosos? 

Continuo atuando com a mesma severidade doutrinária? Julgo crenças opostas? Considero-me o dono da verdade e que a salvação faz parte apenas para o meu grupo ou instituição religiosa? 

Bem, a religião, seja qual for ela, sempre será válida para a humanidade, até porque cada pessoa tem uma visão distinta da outra, com necessidades diferentes da outra, visão de vida divergente da outra, da sua, da minha, enfim, cada um se abastecendo com o alimento espiritual que melhor se identifica. Isso se reflete naquela passagem evangélica que dita: “nenhuma ovelha se perderá”, demonstrando, talvez, que as religiões são rios que desaguam no mesmo mar, Deus. 

Diante disto, antes de julgar, como os fariseus, sábio lembrar que Jesus transformou os dez mandamentos em dois: “amar a Deus sobre TODAS AS COISAS e amar o próximo como A SI MESMO”. 

Para lutar contra a intolerância religiosa é preciso parar de praticá-la.

Pense nisso.

Rogério Bezerra de Souza é presidente do União Espirita Bezerra de Menezes (Unebem) em Mirandópolis. Formado em Economia e Direito, Rogerio iniciou sua trajetória no Centro em 2009, depois de viver algumas experiências transformadoras

                       
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