‘A polícia judiciária investigativa é a minha paixão’, conta Willian Francisco da Silva, agente da policial civil de Mirandópolis

‘A polícia judiciária investigativa é a minha paixão’, conta Willian Francisco da Silva, agente da policial civil de Mirandópolis

Foto: Arquivo Pessoal

Conversamos com Willian Francisco da Silva, de 30 anos, que é agente da policial civil do Estado São Paulo, integrante do setor de investigações gerais de Mirandópolis e policial do GOE (Grupo de Operações Especiais) da Seccional da Andradina. Com muita dedicação nos estudos, também foi aprovado nos concursos de Soldado e Oficial (APMBB – Academia de Polícia Militar do Barro Branco), ambos da polícia militar, mas o investigador optou por seguir carreira na Polícia Civil. Confira na sequência a entrevista completa.

Como foi a escolha pela profissão?

Sou filho de policial militar, o Sargento Altair, fui criado em uma casa que o regime militar era presente. Cresci vendo meu pai na luta diária contra a criminalidade, e cada dia mais admirava a profissão, não tive dúvidas no que queria ser. É o que diz a frase: Palavras convencem, exemplos arrastam, mas só o caráter tratado consolidaÉ uma profissão de risco, mas eu amo o que eu faço.  Acredito que tenho um dom voltado para ajudar a sociedade.

Qual a maior recompensa após um caso resolvido?

A maior recompensa é receber um muito obrigado do cidadão. Nem sempre é possível evitar o trauma, por ter sido roubado ou furtado, mas o sorriso da vítima quando a chamamos na delegacia e avisamos que recuperamos aquilo que lutou muito pra conquistar é uma recompensa. É trazer de volta, pelo menos um pouco, a dignidade da vítima.

Quais os caminhos percorridos na profissão?

É um caminho de muito estudo. E ainda não parei, estou cursando o ensino superior de Investigação Forense e Perícia Criminal. Acredito que a busca pelo conhecimento nunca será demais, esse curso é uma especialização para meu trabalho. O curso está voltado para a investigação (Investigador) e para perícia (Perito Criminal), trabalha diretamente na investigação de crimes e acidentes, é o profissional responsável por coletar evidências e analisar cenas, corpos e outros elementos. Ele utiliza métodos específicos e pesquisas minuciosas para solucionar as circunstâncias, motivações e eventos da investigação. Também transforma os vestígios em provas técnicas ou periciais e laudos para serem utilizadas em julgamentos. Sou formado pelo Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo (DEINTER 8 – Presidente Prudente) e com estágios policiais na CPJ (Central de Polícia Judiciária) e no departamento especializado DEIC (Departamento Estadual de Investigações Criminais) e nas delegacias especializadas DIG (Delegacia de Investigações Criminais) e DISE (Divisão de Investigações sobre Entorpecentes).

Como é trabalhar em Mirandópolis?

Vim para minha cidade prestar o melhor serviço possível para os mirandopolenses de bem. Dois meses após a minha chegada, fui convidado a participar do Grupo de Operações Especiais – G.O.E., que atua em toda área da Seccional de Andradina, que abrange de Lavínia até Ilha Solteira, entretanto atuo com prisões no Brasil todo, o grupo é uma unidade de recursos especiais e tem por atribuição básica prestar auxílio às autoridades policiais e seus agentes no desempenho das missões de polícia judiciária à Polícia Civil.

Existem muitos desafios na profissão?

Sem dúvida, e o maior desafio é a defasagem de funcionários e de recursos pessoais. Muitas vezes temos que executar o trabalho equivalente a dois ou três funcionários, mas isso não impede que o trabalho seja feito, e bem realizado. Acredito que um futuro próximo isso possa mudar, confio que abrirá novos concursos, não apenas para repor o efetivo, mas sim, para chegar a um número expressivo de policiais.

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