‘Se não fosse pelo câncer e esse relacionamento que criei com Jesus, já teria desistido da minha vida’, revela Gabriela Munhoz

‘Se não fosse pelo câncer e esse relacionamento que criei com Jesus, já teria desistido da minha vida’, revela Gabriela Munhoz

Gabriela com seu marido Marcelo. Foto: Arquivo Pessoal

Conversamos com Gabriela Munhoz Gordo Fiorentini de Souza, que nasceu no dia 10 de abril de 1991. Filha do Marcos, conhecido popularmente como Manchinha, e da Maracy, Gabriela passou por um grande desafio em sua vida ao ser submetida a duas cirurgias para retirada de um câncer. Apesar do momento delicado, foi desse grande desafio que ela diz que encontrou Jesus, com isso teve sua vida transformada. Confira na sequência a entrevista completa.

Como foi sua infância?

Nasci e cresci em Mirandópolis, sou filha do Marcos, conhecido popularmente como Manchinha, e da Maracy. E tenho dois irmãos – Gustavo e Vinicius. Estudei no Sesi, Objetivo e Anita Gamo.

Você passou por sérios problemas de saúde. Poderia detalhar esse processo?

Eu tive câncer e fiz duas cirurgias. Uma foi mais simples, em 2017, para a retirada da tireoide. Mas em menos de um ano o câncer voltou, daí fiz uma nova cirurgia, onde a cicatriz vai de orelha a orelha. Na primeira vez eu sofri muito pelo fato de eu não conhecer Jesus, sendo que na segunda cirurgia fui tomada por uma fé sobrenatural de que tudo ficaria bem. Por muitas vezes questionei Deus sobre a cicatriz, pois no começo me incomodava muito, eu procurei médicos e procedimentos cirúrgicos para tentar retirá-la, mas teve um momento que Deus me disse que essa marca representaria o meu milagre e geraria parte do meu testemunho para conseguir falar sobre ele, sobre Jesus.

Como esse momento de superação transformou a sua vida?

Para mim o câncer foi um marco na minha história, costumo dizer que foi um milagre porque trouxe algo além da vida, foi algo libertador porque teve a reconciliação com a minha família e principalmente por eu descobrir a minha real identidade. Eu digo que o câncer me trouxe vida, por mais estranho que isso possa parecer para quem esteja lendo. Mas é vida no sentido emocional, pois tive depressão e nesse pior momento de dor conheci Jesus. Descobri que tinha um pai celestial que cuidava de mim em todos os momentos. Eu não sou nada sem Jesus, não consigo viver sem me alimentar diariamente da palavra de Deus, porque Jesus é suficiente. Se não fosse pelo câncer e esse relacionamento que criei com Jesus, já teria desistido da minha vida. Além disso, quando estava em tratamento conheci o meu marido, o Marcelo Augusto.

O Marcelo é um atleta de futebol, como é acompanha-lo?

Depois de um certo tempo com o Marcelo, ele me perguntou se eu estaria disposta a acompanha-lo mundo afora. Ele me explicou que o bastidor do futebol não é um mar de rosas como muitos imaginam. Caminhar pelo futebol é um misto de sentimento e aprendizado. É fantástico por conhecer novas culturas e fazer amizades, mas existe muita renúncia. Muitas vezes ficamos sem receber salários por vários meses, isso é bem desafiador. Além disso, doí demais a gente criar vínculos e depois ter que despedir porque vamos mudar de cidade ou algum companheiro trocou de clube. E isso é algo constante na carreira de um atleta. Entretanto, entendemos que o futebol é a porta para concluirmos o trabalho de Deus em nossas vidas.

O que Mirandópolis representa na sua vida?

Falar de Mirandópolis é muito especial, pois foi aí que fui criada e tenho meus pais como meu exemplo de vida. Mirandópolis representa afeto, pois todas as vezes que estamos por aí é um amor absoluto. Sou da Plenitude Igreja Batista, que também é a minha casa, para onde eu sempre retorno e também sinto saudades. Aproveitando, quero deixar um versículo como um conselho, pois quando encontramos Deus tudo fica completo: a graça de Deus é suficiente, pois quando estamos fracos, é que então somos fortes. Se hoje sou forte, é porque o Senhor me tornou assim.


                       
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