Aula a noite: mães se reúnem para alunos conseguirem conciliar estudo e trabalho

Aula a noite: mães se reúnem para alunos conseguirem conciliar estudo e trabalho

Mães e pais responsáveis por 38 adolescente montaram um grupo no WhatsApp para unir forças para lutar pela abertura de aulas no período noturno em Mirandópolis. Do total, 26 alunos já estão trabalhando, sendo 4 registrados, já 12 alunos confirmaram que perderam a oportunidade de iniciar um trabalho devido o horário escolar. Dos 38 alunos, 9 estudam no 1º colegial, 11 no 2º colegial e 18 no 3º colegial.

“Sou mãe de um adolescente que iria começar a trabalhar comigo, inclusive registrado, sendo que no mesmo local também já emprego uma outra adolescente. Durante a pandemia ambos atuavam sem problemas, pois como as aulas eram online, eles conseguiam conciliar o trabalho com o estudo. Entretanto, com o retorno das aulas presencias tenho tido um grande problema, pois eles não conseguem estudar a noite. Meu filho estuda no período integral, das 7hs às 16hs, já a outra adolescente no período da tarde, o que praticamente impossibilita que eles trabalhem. Já tentei através do Conselho Tutelar e do Ministério Público resolver essa questão, mas a resposta foi para encaminhar meu filho para estudar em Andradina, mesmo aqui tendo escola estadual e demanda para que sejam abertas classes no período noturno”, desabafa Priscila Delai.

Uma mãe que faz parte do grupo do WhatsApp confirmou para a reportagem do jornal AGORA NA REGIÃO que matriculou seu filho para estudar em Valparaíso. Já uma outra mãe disse que o filho trabalha no período de tarde e a noite para não perder a escola no período da manhã.

APOIO DO VEREADOR

“Quando iniciei como vereador uma das minhas prioridades era a implantação do Jovem Aprendiz em Mirandópolis. Recentemente procurei o prefeito para explicar as necessidades do programa e ele aceitou caminhar com essa iniciativa. Agora surgiu a oportunidade de implantar em conjunto com a Associação Comercial de Mirandópolis, estamos lutando por essas mães”, explica Claudio Morena. O vereador recorda que seu empenho por essa causa começou quando uma mãe fez um apelo porque seu filho precisou ir estudar em Guaraçaí já que tinha conseguido uma oportunidade de emprego em um banco. “Depois que começamos a falar sobre o assunto com as mães surgiram diversos outros casos. Fui até o Ministério Público, depois ao Conselho Tutelar. O primeiro oficio foi negado pela regional de Andradina, fizemos uma reunião na escola Noêmia, até ficou acertado que abririam as aulas noturnas, mas até o momento nada foi resolvido. Agora reunimos os contratos e organizamos para comprovar que tem demanda para a abertura, tenho fé que vai resolver”, finaliza Morena.

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